Com autorização da autora anexo seu comentário abaixo com algumas observações a respeito das personagens.
Obrigado por você ter lido o livro todo.
Embora narro no livro tema das transições desde o nascer até o morrer, enfocando mais a transição do homem sofrido e ingênuo da roça para o cidadão ladino e urbano, as personagens - pouco na primeira parte e nada na segunda - têm a ver comigo propriamente. A primeira parte é um intróito e a segunda o corpo do livro com as mesmas personagens nos diversos segmentos da vida: pode ler de novo e verificar que tudo é metaforizado. A personagem Zé Baiano tem alguns lampejos com a vida do escritor. Só, também. Lógico que não narraria episódios desconhecidos, porém se você ver alguns com semelhança da minha vida isto é somente uma analogia. As pessoas vistas e identificadas por você, poderiam ser de tal maneira o Tito, o Abade e o Renato como quaisquer outras tantas existentes na minha imaginação. Trata-se do coletivo e não o individual. No meu mundo há muitos poucos Titos, muitos Abades e inúmeros Renatos. Como o Azevedo poderia encarnar as cinco personagens principais e as duas secundarias? Explico: procurei englobar as sete principais atividades para um indivíduo empreendedor vencer as diversas barreiras da vida, e para cada uma destinei uma protagonista. Então, a familiar está representada por Zé Baiano, a profissional por Leontra, a estudantil por Zé Icaro, a social por Chaline, a religiosa por Capelônio, a amorosa por Romeu e a folclórica por Folclorino.
"Já terminei de ler seu livro. Foi uma surpresa para mim. Eu realmente ia ler seu livro por uma questão de amizade, de consideração e de gratidão, pois você é uma pessoa muito querida por mim, pois você se fez querido por mim, por estar sempre presente nos momentos que eu precisei de você e também por termos vivido uma história em comum e inclusive por termos até um sobrenome em comum( isso é brincadeira). Mas eu disse que seu livro foi uma surpresa, pois mais que uma história de vida é retrato também de uma época. Você retratou muito bem a vida do homem do campo, a sua luta com a terra pela sobrevivência, os desafios, as frustações e acima de tudo a fé , a esperança por uma vida melhor. Prendeu muito a minha atenção, talvez porque eu tenha me identificado com muitas situações. Achei muito rico de conteúdo, é uma história de vidas, de exemplos positivos e acima de tudo é uma lição de vida. Oferece base para uma análise sociológica e pesquisa da vida do homem do campo. Achei interessante a sua doação dos livros às escolas. Consegui identificar muitos personagens, como Dr Renato, Abade, Tito, mas não consegui identificar e nem lembrar do nome do seu irmão funcionário do Inss, que trabalhou e se dedicou tanto e não teve reconhecimento e nem valorização pelas "VAIDADES DAS VAIDADES" da época. Me fale uma coisa, Romeu é você? É o seu lado sombra ? Tem coisas muito interessantes no seu livro e uma parte que me chamou a atenção é quando você relata que seu irmão bebia urina quando trabalhava, e você sabe que tem uma técnica de tratamente alternativo que se chama URINOTERAPIA ? Eu conheci um caso de uma gerente da Caixa Economica, agora não lembro se Federal ou Estadual de Rio CLaro, ela teve cancer , e ela disse para mim e outros pessoas em um CUrso na Universidade Federal de São Carlos, que ela tomava urina (dela mesma), e assim como ela outras pessoas. Tem um remedinho que você falou lá que também me interessou, vou procurar saber se ainda existe.INteressei - me também pela técnologia do Cupim. Não sabia que você participou no Projeto Rondon, Jari e etc. Parabéns AZEVEDO, é muito bom ter histórias para contar e acima de tudo ter o dom para contar e o mais difícil ainda transmiti -las através de palavras que que expressam vida, calor humano,sentimentos, paixões,sonhos, lágrimas e acima de tudo saber que veio nessa existência e não foi em vão pois plantou árvores, teve filhos e escreveu o livro da vida. Lembrei - me agora de uma frase que li em Gramado, na Casa do Papai, escrita em um quadro de madeira, que fica fixado em uma parede quando se desce para a adega, diz assim ( acho que é mais ou menos isso )" Um homem para ser feliz precisa de uma família e um pedaço de terra" .Eu me lembro que quando li isso tocou - me o coração e eu saí de lá de dentro chorando, acho que mexeu com minha raízes, alguma coisa armazenada no meu inconsciente. Seu livro também mexeu muito comigo, com minhas lembranças pois fui criada até 8 anos na fazenda. Adoro quando chove e eu sinto o cheiro da terra. Parabéns Azevedo, por você ser você mesmo, seu carater, integridade, coragem e honestidade.
ABS Marina"
sábado, 8 de novembro de 2008
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