LIÇÃO DA VIDA
Lições existem muitas, porém Zé Baiano pensa e analisa somente 4 delas: da família, da escola, de casa, e da vida. Na medida da necessidade, tudo começa com a da família, onde o rebento já começa sentir as influências dos pais no ventre, quando o ente é bem vindo. Prossegue com os ensinamentos dos professores quando a criança é matriculada, continua com os deveres do lar, se os afins assim permitirem e termina com a lição da vida. O que não foi assimilado nas lições anteriores na da vida fatalmente é aprendida.
Foi assim pensando que ainda na tenra idade adolescente analisava quatro sofismas hipotéticos, uma vez admitida a verdade de suas premissas, oferece uma conclusão necessariamente verdadeira, tradicionalmente designados por termos mnemônicos. Já sua esposa Eturina, de pouco inteligência, o questionava sobre tão complicada análise. Um pouco atrapalhado, mas convicto na sua proposição dos acordos assim explicou. Trata-se de fazer funcionar o cérebro, a partir da coroa craniana, para ativar a memória espalhada pelo corpo inteiro. Sua esposa não entendeu, porém com a vivência diária acostumaria com as idéias e assim, aprenderia como os nuares.
O mais difícil não era o quotidiano dos ensinamentos a Eturina, mas a transmissão motivadora de tudo aos dois filhos vindos anos após o casamento.
Zé Ícaro, mais saudável do que o irmão desenvolveu com boa cabeçorra inteligência para vasculhar as informações filosóficas, porém Leontra, com sua robustez musculosa progrediu no físico.
Na vida a quatro, Zé Baiano então pensou, pensou, pensou e colocou as análises no laboratório da sabedoria para traçar os rumos do progresso. Manipulou silogismo com sofismas, preparou ignorância com incapacidade e colocou tudo no tubo de ensaio para obter o produto. E, que produto Zé Baiano extraiu! Não sabia o que sabia, mas soube pela força das circunstâncias.
Partiu, então da suposição, uma hipótese da sabedoria para dissecar a honra, a qualidade e a profissionalização. Quem vive supondo pode morrer na ignorância. A honra, por sua vez, dignifica o honrado por representar o sentimento da própria dignidade. A virtude está aí explícita. Daí, então pode-se refletir sobre o certo e o errado, a certeza e a dúvida, a suspeita e a confiança, e por aí afora. A qualidade como característica superior distintiva e positiva que faz a diferença entre as coisas e sobressair em relação às pessoas. Esta proposição a respeito das coisas não teve a análise do filósofo, porém em relações humanas deu a receita de ser autêntico e franco, fazendo-se acatado.
A pessoa honrada sustenta suas palavras como contrato assinado nas relações prestadoras de serviços, executando o trabalho com amor e perfeição.
Quem trabalha visando a qualidade do seu labor faz tudo da melhor forma possível. Já no profissionalismo nada pode ser feito mirando a pessoa, mas sim a seriedade e impessoalidade da ação.
Nas lições da vida, nada melhor do que refletir sobre os bem-sucedidos como Bill Gates, por exemplo. Foi assim pensando que Zé Baiano deu uma aula de sócio economia aos filhos na presença da esposa numa reunião de família com o salão repleto. Disse ele naquela ocasião àquela platéia ávida de conhecimentos. Ele fala em primeiro lugar da ineficiência das escolas ao ensinar no faz-de-conta. Muito se falam das carências da escola pública. Ali falta tudo, desde os materiais permanentes até o bom senso do aprendizado. Não tem banco apropriado para sentar e escrever e os que têm estão apodrecendo. Não tem banheiro limpo para as necessidades fisiológicas e sequer quem os limpe quando suja. Não tem papel, livros, cadernos e outros materiais de consumo obrigatório. Principalmente não há pessoal docente, de apoio e nem discente capacitado, bem remunerado e motivado para o ensino e a aprendizagem. Professor e aluno se esforçam para ensinar e aprender dentro desta precariedade. E, das escolas privadas, o que se pode falar?. Perguntou Zé Icaro. Estas, quando bem estruturadas ensinam com qualidade, mas inatingível pela população de classe B ou C, somente para a classe privilegiada A, resultado de uma política errônea privatizante dos governos neoliberais. Se esta ineficácia não bastasse, os governos corruptos dos emergentes desviam grande parte dos recursos destinados à educação. Por outro lado a ineficiência está preza na forma, no método e no jeito de ensinar. E, porque não dizer na maneira de administrar a educação? acrescentou Leontra, um crítico ferrenho de governos mal intencionados. E Zé Ícaro completou: a avaliação do aluno é falha no aspecto metodológico com interrogações alternativas com uma opção obvia, difícil de se errar. O mais grave é aprovar o aluno, empurrado para séries superiores, a fim de não ocupar muito tempo da escola. Aprova-se sem o mérito da sabedoria. Escolas formando profissionais incapacitados para a vida profissional. Daí a dificuldade do formando conseguir emprego na atividade escolhida, completou Zé Baiano.
Passando adiante, entrando no tema proposto sobre a Lição da Vida Zé Baiano dissecou seus conhecimentos nesta área com breves e concisas reflexões, a ponto de prender a atenção da platéia. As pessoas fincavam as nádegas na cadeira como que para permanecer intacta, atenção preza ao expositor, olhos fixos no orador, orelhas de pé para escutar melhor, sem um pio na sala.
Não vou dar conselhos, mas simplesmente opinar a respeito de como faria seu amigo Zé Baiano se estivesse no lugar de cada um de vocês. Empinou o tronco, estufou o peito e levantou a cabeça, com uma postura própria de um Rui Barbosa e soltou o verbo. O que vou aqui expor vocês não aprenderiam na escola, completou o Pai-Mestre. Não aprende nas lições da escola por que lá a vida é fácil, o aluno precisa progredir na escala proposta e saem para a Lição da Vida sem aprender o que empregar na profissão.
Na vida prática as lições são bastante difíceis e a maneira de viver não é fácil, mas o método é eficaz; ou você é ou não é; porque lá não há o faz-de-conta da escola.
No mundo, a sociedade não está preocupada com a valorização que o profissional se dá, mas o que ele pode oferecer. Portanto, não espera que os outros reconheçam o seu bem estar consigo mesmo. Ao conseguir o primeiro emprego, não pense em um bom salário para uma independência econômica, mas em sacrifícios para a purificação. Telefone, carro, casa e lazer somente na meta a longo prazo.
Reclamações de professores exigentes há muitos alunos queixosos, mas na empresa os chefes serão dez vezes mais cruéis. Se tentar uma reclamação, não haverá a condescendência escolar da aprovação sem mérito, na reincidência ainda receberá advertência.
No emprego estável, o aproveitamento das oportunidades é condição essencial, mesmo num cargo elevado executando tarefas simples. O “não” é uma palavra inexiste no dicionário. Os ascendentes do profissional de hoje começaram a trabalhar nas tarefas mais insignificantes. Se houver fracasso não é culpa dos pais, nem da escola, pois o erro é bom mestre para aprender com ele.
Os pais de profissional vigente não eram tão críticos como agora, tendo ficado assim depois de passar à vida adulta e conhecer o filho até seu âmago. Antes de acha-los ridículos e querer consertar o mundo, comece o dia limpando o dormitório e arrumando a cama.
Na escola pode até ter havido a distinção entre vencedor e derrotado, mas no trabalho não é bem assim, lá a vida é como uma gangorra, enquanto um está em cima o outro está em baixo. Na escola o aluno tem recreio, férias e tempo para lazer, mas na empresa o empregado pode não ter fim de semana na praia, férias no verão e às vezes o descanso remunerado.
Computador? Somente para o acessório do trabalho, a virtualidade da internet passa, na empresa, a ser a realidade da situação. Há alunos críticos dos “CDFs” , os julgados bobos por aproveitar a hora do recreio a fim de colocar as tarefas em dia, porém haverá uma grande probabilidade de vir a ser empregado de um deles.
Durante pouco mais de meia hora para expor as suas idéias, Zé Baiano falou com tanta convicção sobre as dificuldades das lições da vida, que chegou a molhar a camisa de suor, pois já na sua meia idade, sentiu na pele os sacrifícios desta experiência.
Lições existem muitas, porém Zé Baiano pensa e analisa somente 4 delas: da família, da escola, de casa, e da vida. Na medida da necessidade, tudo começa com a da família, onde o rebento já começa sentir as influências dos pais no ventre, quando o ente é bem vindo. Prossegue com os ensinamentos dos professores quando a criança é matriculada, continua com os deveres do lar, se os afins assim permitirem e termina com a lição da vida. O que não foi assimilado nas lições anteriores na da vida fatalmente é aprendida.
Foi assim pensando que ainda na tenra idade adolescente analisava quatro sofismas hipotéticos, uma vez admitida a verdade de suas premissas, oferece uma conclusão necessariamente verdadeira, tradicionalmente designados por termos mnemônicos. Já sua esposa Eturina, de pouco inteligência, o questionava sobre tão complicada análise. Um pouco atrapalhado, mas convicto na sua proposição dos acordos assim explicou. Trata-se de fazer funcionar o cérebro, a partir da coroa craniana, para ativar a memória espalhada pelo corpo inteiro. Sua esposa não entendeu, porém com a vivência diária acostumaria com as idéias e assim, aprenderia como os nuares.
O mais difícil não era o quotidiano dos ensinamentos a Eturina, mas a transmissão motivadora de tudo aos dois filhos vindos anos após o casamento.
Zé Ícaro, mais saudável do que o irmão desenvolveu com boa cabeçorra inteligência para vasculhar as informações filosóficas, porém Leontra, com sua robustez musculosa progrediu no físico.
Na vida a quatro, Zé Baiano então pensou, pensou, pensou e colocou as análises no laboratório da sabedoria para traçar os rumos do progresso. Manipulou silogismo com sofismas, preparou ignorância com incapacidade e colocou tudo no tubo de ensaio para obter o produto. E, que produto Zé Baiano extraiu! Não sabia o que sabia, mas soube pela força das circunstâncias.
Partiu, então da suposição, uma hipótese da sabedoria para dissecar a honra, a qualidade e a profissionalização. Quem vive supondo pode morrer na ignorância. A honra, por sua vez, dignifica o honrado por representar o sentimento da própria dignidade. A virtude está aí explícita. Daí, então pode-se refletir sobre o certo e o errado, a certeza e a dúvida, a suspeita e a confiança, e por aí afora. A qualidade como característica superior distintiva e positiva que faz a diferença entre as coisas e sobressair em relação às pessoas. Esta proposição a respeito das coisas não teve a análise do filósofo, porém em relações humanas deu a receita de ser autêntico e franco, fazendo-se acatado.
A pessoa honrada sustenta suas palavras como contrato assinado nas relações prestadoras de serviços, executando o trabalho com amor e perfeição.
Quem trabalha visando a qualidade do seu labor faz tudo da melhor forma possível. Já no profissionalismo nada pode ser feito mirando a pessoa, mas sim a seriedade e impessoalidade da ação.
Nas lições da vida, nada melhor do que refletir sobre os bem-sucedidos como Bill Gates, por exemplo. Foi assim pensando que Zé Baiano deu uma aula de sócio economia aos filhos na presença da esposa numa reunião de família com o salão repleto. Disse ele naquela ocasião àquela platéia ávida de conhecimentos. Ele fala em primeiro lugar da ineficiência das escolas ao ensinar no faz-de-conta. Muito se falam das carências da escola pública. Ali falta tudo, desde os materiais permanentes até o bom senso do aprendizado. Não tem banco apropriado para sentar e escrever e os que têm estão apodrecendo. Não tem banheiro limpo para as necessidades fisiológicas e sequer quem os limpe quando suja. Não tem papel, livros, cadernos e outros materiais de consumo obrigatório. Principalmente não há pessoal docente, de apoio e nem discente capacitado, bem remunerado e motivado para o ensino e a aprendizagem. Professor e aluno se esforçam para ensinar e aprender dentro desta precariedade. E, das escolas privadas, o que se pode falar?. Perguntou Zé Icaro. Estas, quando bem estruturadas ensinam com qualidade, mas inatingível pela população de classe B ou C, somente para a classe privilegiada A, resultado de uma política errônea privatizante dos governos neoliberais. Se esta ineficácia não bastasse, os governos corruptos dos emergentes desviam grande parte dos recursos destinados à educação. Por outro lado a ineficiência está preza na forma, no método e no jeito de ensinar. E, porque não dizer na maneira de administrar a educação? acrescentou Leontra, um crítico ferrenho de governos mal intencionados. E Zé Ícaro completou: a avaliação do aluno é falha no aspecto metodológico com interrogações alternativas com uma opção obvia, difícil de se errar. O mais grave é aprovar o aluno, empurrado para séries superiores, a fim de não ocupar muito tempo da escola. Aprova-se sem o mérito da sabedoria. Escolas formando profissionais incapacitados para a vida profissional. Daí a dificuldade do formando conseguir emprego na atividade escolhida, completou Zé Baiano.
Passando adiante, entrando no tema proposto sobre a Lição da Vida Zé Baiano dissecou seus conhecimentos nesta área com breves e concisas reflexões, a ponto de prender a atenção da platéia. As pessoas fincavam as nádegas na cadeira como que para permanecer intacta, atenção preza ao expositor, olhos fixos no orador, orelhas de pé para escutar melhor, sem um pio na sala.
Não vou dar conselhos, mas simplesmente opinar a respeito de como faria seu amigo Zé Baiano se estivesse no lugar de cada um de vocês. Empinou o tronco, estufou o peito e levantou a cabeça, com uma postura própria de um Rui Barbosa e soltou o verbo. O que vou aqui expor vocês não aprenderiam na escola, completou o Pai-Mestre. Não aprende nas lições da escola por que lá a vida é fácil, o aluno precisa progredir na escala proposta e saem para a Lição da Vida sem aprender o que empregar na profissão.
Na vida prática as lições são bastante difíceis e a maneira de viver não é fácil, mas o método é eficaz; ou você é ou não é; porque lá não há o faz-de-conta da escola.
No mundo, a sociedade não está preocupada com a valorização que o profissional se dá, mas o que ele pode oferecer. Portanto, não espera que os outros reconheçam o seu bem estar consigo mesmo. Ao conseguir o primeiro emprego, não pense em um bom salário para uma independência econômica, mas em sacrifícios para a purificação. Telefone, carro, casa e lazer somente na meta a longo prazo.
Reclamações de professores exigentes há muitos alunos queixosos, mas na empresa os chefes serão dez vezes mais cruéis. Se tentar uma reclamação, não haverá a condescendência escolar da aprovação sem mérito, na reincidência ainda receberá advertência.
No emprego estável, o aproveitamento das oportunidades é condição essencial, mesmo num cargo elevado executando tarefas simples. O “não” é uma palavra inexiste no dicionário. Os ascendentes do profissional de hoje começaram a trabalhar nas tarefas mais insignificantes. Se houver fracasso não é culpa dos pais, nem da escola, pois o erro é bom mestre para aprender com ele.
Os pais de profissional vigente não eram tão críticos como agora, tendo ficado assim depois de passar à vida adulta e conhecer o filho até seu âmago. Antes de acha-los ridículos e querer consertar o mundo, comece o dia limpando o dormitório e arrumando a cama.
Na escola pode até ter havido a distinção entre vencedor e derrotado, mas no trabalho não é bem assim, lá a vida é como uma gangorra, enquanto um está em cima o outro está em baixo. Na escola o aluno tem recreio, férias e tempo para lazer, mas na empresa o empregado pode não ter fim de semana na praia, férias no verão e às vezes o descanso remunerado.
Computador? Somente para o acessório do trabalho, a virtualidade da internet passa, na empresa, a ser a realidade da situação. Há alunos críticos dos “CDFs” , os julgados bobos por aproveitar a hora do recreio a fim de colocar as tarefas em dia, porém haverá uma grande probabilidade de vir a ser empregado de um deles.
Durante pouco mais de meia hora para expor as suas idéias, Zé Baiano falou com tanta convicção sobre as dificuldades das lições da vida, que chegou a molhar a camisa de suor, pois já na sua meia idade, sentiu na pele os sacrifícios desta experiência.
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